Lima, a capital do Peru, é uma cidade que surpreende a cada esquina. Rica em história, com uma gastronomia mundialmente premiada, paisagens à beira-mar e bairros vibrantes como Miraflores e Barranco, a cidade oferece uma combinação única entre tradição e modernidade. Se você está planejando visitar a capital...
Lima, a capital do Peru, é uma cidade que surpreende a cada esquina. Rica em história, com uma gastronomia mundialmente premiada, paisagens à beira-mar e bairros vibrantes como Miraflores e Barranco, a cidade oferece uma combinação única entre tradição e modernidade. Se você está planejando visitar a capital peruana, este guia completo com dicas de viagem para Lima vai te ajudar a aproveitar o destino ao máximo — com informações práticas, sugestões de passeios, onde comer, onde se hospedar e muito mais.
Ao contrário do que muitos turistas pensam, Lima não é apenas uma escala rumo a Machu Picchu. A cidade tem identidade própria, museus fascinantes, arquitetura colonial, falésias com vistas para o Pacífico e uma das melhores cenas gastronômicas do mundo. Com essas dicas de viagem para Lima, você vai descobrir que vale a pena dedicar alguns dias só para explorar suas atrações.
Dicas de viagem para Lima
Quando ir: melhor época para visitar Lima
Entre as dicas de viagem para Lima mais importantes está saber quando ir. A cidade tem um clima peculiar, com céu nublado durante boa parte do ano, especialmente entre maio e setembro. Mesmo sem muita chuva, Lima é famosa pela chamada “garúa”, uma névoa úmida que cobre o céu, especialmente no inverno.
A melhor época para visitar Lima é entre dezembro e abril, quando o clima está mais seco e ensolarado. Esse período é ideal para caminhar pelos bairros costeiros, curtir as vistas do Malecón e fazer atividades ao ar livre. Mesmo no verão, a temperatura raramente ultrapassa os 28°C, o que torna a cidade bastante agradável para passeios.
Documentação e vacinas
Brasileiros não precisam de visto para entrar no Peru a turismo e podem ingressar com o passaporte ou apenas com a carteira de identidade (RG) em bom estado e com menos de 10 anos de emissão. Também não é exigida nenhuma vacina específica, mas é recomendável manter a vacinação em dia.
Como chegar a Lima
Há voos diretos de São Paulo, Rio de Janeiro e outras capitais brasileiras para o Aeroporto Internacional Jorge Chávez, que fica na cidade de Callao, vizinha a Lima. O trajeto até Miraflores, o principal bairro turístico, leva cerca de 45 minutos de táxi ou Uber, dependendo do trânsito.
Entre as dicas de viagem para Lima, vale lembrar que o trânsito pode ser intenso, especialmente nos horários de pico. Para se deslocar com conforto e segurança, use aplicativos como Uber, Cabify ou os táxis oficiais do aeroporto. O transporte público não é muito eficiente para turistas, embora existam ônibus do tipo “Metropolitano” que cruzam a cidade.
Onde se hospedar em Lima
A melhor área para turistas em Lima é o bairro de Miraflores, que concentra hotéis, restaurantes, shoppings, parques e segurança. É onde você encontra o famoso shopping Larcomar, o Parque do Amor e os melhores cafés da cidade. Outra boa opção é o bairro de Barranco, conhecido por sua atmosfera boêmia e artística, ideal para quem busca algo mais alternativo.
Sugestões de hospedagem em Lima:
Selina Miraflores Lima – Ideal para viajantes jovens, com estilo moderno e preços acessíveis.
JW Marriott Hotel Lima – Luxuoso, com vista para o Pacífico e ao lado do shopping Larcomar.
O que fazer em Lima: principais atrações
Uma das melhores dicas de viagem para Lima é explorar a cidade a pé, principalmente nos bairros costeiros. A cidade é ideal para caminhar, observar o estilo de vida local, provar pratos autênticos e se perder em becos históricos.
Miraflores e o Malecón
O Malecón de Miraflores é uma faixa de parques e calçadões à beira-mar com vistas deslumbrantes para o Oceano Pacífico. O Parque del Amor, com esculturas e mosaicos românticos, é um dos pontos mais fotografados de Lima. Caminhe até o Farol de la Marina e, se gostar de esportes, experimente voar de parapente com vista para o mar.
Centro Histórico de Lima
O centro histórico, declarado Patrimônio da Humanidade pela Unesco, guarda construções coloniais, igrejas imponentes e palácios. Visite a Plaza Mayor, a Catedral de Lima e o Palácio do Governo. Não deixe de conhecer o Mosteiro de São Francisco, com suas criptas e catacumbas.
Barranco: arte e boemia
Barranco é o bairro mais charmoso de Lima, com grafites, museus, cafeterias e uma atmosfera artística. Não deixe de caminhar pela Ponte dos Suspiros e visitar o Museu MATE, fundado pelo fotógrafo Mario Testino.
Gastronomia: capital da culinária latino-americana
As dicas de viagem para Lima não estariam completas sem destacar sua gastronomia. A cidade é considerada a capital gastronômica da América do Sul, com restaurantes premiados entre os melhores do mundo. É o lugar ideal para provar ceviche, anticuchos, lomo saltado, ají de gallina e outros pratos típicos da culinária peruana.
Restaurantes recomendados em Lima:
Central – Vencedor do prêmio de melhor restaurante do mundo em 2023, oferece uma viagem gastronômica por altitudes e ecossistemas do Peru.
Maido – Cozinha nikkei (fusão peruano-japonesa), criativa e sofisticada.
La Mar Cebichería – Ceviches fresquíssimos, ambiente descontraído e ótimo serviço.
Mas também há ótimas opções baratas, como:
Punto Azul – Ceviches e pratos típicos com excelente custo-benefício.
El Chinito – Tradicional para comer sanduíches de pernil.
Mercado de Surquillo – Ideal para provar pratos típicos em bancas locais.
Quanto custa viajar para Lima?
Lima é um destino que permite viajar com diferentes orçamentos. Abaixo, uma média para 5 dias por pessoa:
Passagem aérea: R$ 1.800 (saindo do Brasil)
Hospedagem (hotel médio): R$ 1.500
Alimentação: R$ 500
Passeios e transporte: R$ 400
Total estimado: R$ 4.200 por pessoa
Comendo em mercados e ficando em hostel, é possível reduzir esse valor em até 40%.
Passeios próximos: bate-voltas a partir de Lima
Se você tiver mais tempo, aproveite para fazer alguns passeios de um dia a partir da capital:
Paracas e Ilhas Ballestas: Conhecida como “Galápagos peruana”, abriga lobos marinhos e aves exóticas. Saídas diárias de ônibus.
Huacachina: Um oásis no meio do deserto com dunas perfeitas para sandboard e passeios de buggy.
Caral: Um dos sítios arqueológicos mais antigos das Américas, com mais de 5.000 anos.
Esses bate-voltas podem ser feitos com tours organizados ou por conta própria, com ônibus intermunicipais confortáveis como os da Cruz del Sur.
Segurança e dicas práticas
Lima é relativamente segura nas áreas turísticas como Miraflores, San Isidro e Barranco, mas evite andar à noite em regiões isoladas. Fique atento com celulares e bolsas em locais movimentados.
Dicas práticas:
A voltagem no Peru é 220V, e as tomadas são do tipo A/B.
A moeda local é o Nuevo Sol (PEN). Muitos lugares aceitam cartão, mas é bom ter dinheiro em espécie.
Dê preferência para trocar dinheiro em casas de câmbio em Miraflores, onde as taxas são melhores do que no aeroporto.
Com estas dicas de viagem para Lima, você já tem as ferramentas certas para planejar uma visita memorável a essa capital vibrante, onde o passado inca e espanhol se mistura com o melhor da culinária contemporânea. Seja para explorar museus e igrejas, caminhar pelas falésias ou simplesmente provar um ceviche com vista para o mar, Lima oferece experiências autênticas e inesquecíveis.
A cidade não deve ser apenas um ponto de passagem: merece destaque no seu roteiro. Com um bom planejamento, você vai descobrir que Lima é um dos destinos urbanos mais interessantes da América do Sul. Voltar com memórias inesquecíveis será quase inevitável.
Como chegar
Por ser uma cidade distante do Brasil, a melhor forma dos turistas chegarem à capital peruana é pelo Aeroporto Internacional Jorge Chávez. Situado em Callao, que fica aproximadamente 30 minutos distante do centro de Lima, o aeroporto tem boa infraestrutura, é bastante movimentado e garante ao viajante uma chegada bastante tranquila à região.
As principais companhias aéreas que fazem o percurso a partir do Brasil são a Latam, a Taca e a Avianca. Voar para Lima não costuma ser tão barato quanto ir para outras capitais da América do Sul, como Buenos Aires, Montevidéu e Santiago, mas com planejamento é possível encontrar a sua passagem a um bom preço.
Para sair do aeroporto em direção à capital peruana, a melhor opção é pegar um táxi. Como o local fica em uma cidade próxima e o transporte público por lá não é dos melhores, ir negociar o preço da corrida com os taxistas que ficam na saída do aeroporto pode ser uma boa opção. Já para aqueles que não sabem espanhol e têm medo de serem enganados durante a negociação – infelizmente isso é bastante comum na cidade – uma solução é fazer o percurso com as redes de táxis oficiais do aeroporto, que já vem com preço tabelado e é possível pagar antes mesmo de entrar no veículo.
Para aqueles que querem fazer uma viagem diferente, com muitos quilômetros rodados em estradas, é possível também fazer o trajeto por meio de carro e de ônibus.
Se a sua opção for ir com veículo próprio ou alugado, saiba que os custos não sairão baratos, pois são muitos pedágios, litros de combustível e hospedagens durante o caminho. É o tipo de viagem que requer muito planejamento, não apenas por conta da distância, mas por existirem trechos da estrada bastante perigosos.
Já para aqueles que optam por ir de ônibus, há uma linha que sai da rodoviária do Tietê e termina em San Isidro, um bairro de Lima. São 96 horas de viagem, muitas paradas e bastante desconforto, mas também inúmeras paisagens incríveis pelo caminho. Isso porque o trajeto passa pela Amazônia e também pela Cordilheira dos Andes, garantindo belíssimas fotos para quem opta por esse meio de transporte. Além do tempo, outro inconveniente é o valor da passagem, que acaba sendo bem similar ao praticado em tickets aéreos.
Vida noturna
Apesar de não ter tanta opção como São Paulo e Buenos Aires, a capital peruana também não fica muito atrás quando o assunto é diversão noturna. Assim como na cidade portenha, a noite de Lima começa a esquentar bem tarde e só por volta das 2h da manhã é que as boates estão fervendo. Assim como também acontece com nossos hermanos, os peruanos também costumam fazer um aquecimento para, depois, caírem na noite.
Para quem quer uma opção mais tranquila de pré-balada, a melhor opção é escolher um dos muitos ótimos restaurantes que a cidade oferece. Lima é mundialmente conhecida pela sua gastronomia e ir para lá significa também experimentar o ceviche e o pisco sour, por exemplo. Vale lembrar que os restaurantes fecham cedo, por volta da meia noite, então se essa for a sua opção tenha isso em vista.
Para aqueles que querem começar a noite com mais concentração alcóolica do que de carboidratos e proteínas, os bares são uma ótima pedida. Barranco é o bairro mais boêmio da cidade, com muitos jovens universitários pelas ruas em busca de cerveja gelada a preço mais acessível. Um lugar bem badalado é o Ayahuasca Bar, que se instalou em um antigo casarão de 1875 e possui nada menos do que oito ambientes! Apesar de bastante grande, não se engane: o local lota e é preciso chegar cedo para conseguir sentar em uma mesa!
Agora quando o assunto são boates o point é Miraflores. O bairro, muito requisitado por turistas que procuram uma região bem abastecida por comércio e entretenimento, também acaba sendo o maior expoente da agitada vida noturna da cidade. Duas baladas que se destacam nesse cenário são a Aura, localizada dentro do Shopping Larcomar, com público mais jovem e foco em música eletrônica, e a Bizarro, que toca os sucessos das rádios e mescla ambientes mais agitados e sossegados, o que acaba por atrair o público na faixa dos 30 anos.
Agora se você quiser fazer algo bem típico do Peru, você precisa ir a uma peña. Com influência das culturas espanhola, africana e andina, a música criolla surgiu e se tornou um ritmo com a cara do país. Nas casas de peñas, você verá bailarinos, músicos e cantores fazerem verdadeiros shows para enaltecer o estilo musical. Um dos locais mais aclamados nesta área é a Peña del Carajo, localizada em Barranco. Geralmente as peñas começam por volta das 23h e terminam já no alto da madrugada, por volta das 4h da manhã. Elas costumam funcionar apenas de quintas a sábados.